SAO também conhecidos como caixas separadoras de água e óleo, são equipamentos aplicáveis para a remoção de óleo em estado livre. 

Tem seu princípio de funcionamento baseado na separação da fase oleosa e aquosa em virtude da diferença de densidade existente entre elas. 

São empregados em diversos segmentos que manuseiam óleos em suas atividades, como oficinas mecânicas, postos de gasolinas, indústrias petrolíferas, dentre outras indústrias que tenham manipulação de resíduos oleosos. 

Filtro SAO

Fig 1 – Filtro SAO de 10 m³/h

A resolução CONAMA 430, dispõe sobre as condições e padrões de lançamentos de efluentes, a qual também estabelece a obrigatoriedade do uso do separador de água e óleo nas instalações que fazem o manuseio e armazenamento de derivados de petróleo e demais combustíveis.

Como funciona o SAO?

fluxograma tratamento sao

Fig 2 – Fluxograma de tratamento

O efluente bruto composto pela mistura água e óleo não emulsionados, é alimentado no primeiro compartimento, onde ocorre uma redução da velocidade do fluído alimentado no sistema, já iniciando o processo de separação água/óleo, onde o óleo livre é recolhido por um tubo coletor, denominado skimmer.

O efluente segue seu fluxo de forma ascendente, para o segundo compartimento denominado de câmara separadora, composto por módulos de lamelas coalescentes (figura 3), onde irá atravessar o filtro coalescedor. 

A passagem por esse filtro aumenta o caminho percorrido pelo efluente resultando no aumento do tempo de residência no equipamento, favorecendo a separação das fases. 

lamelas coalescentes, SAO

O óleo livre sobrenadante coletado pelos skimmers, é recolhido e armazenado em reservatórios que geralmente são tambores, os quais devem ter seu destino final realizado por uma empresa especializada e homologada no órgão ambiental.

O efluente final, já separado do óleo livre, segue então para a última câmara, podendo ser destinado à rede coletora ou para outras etapas do processo, dependendo do projeto de cada unidade de tratamento.

Separador água e óleo em funcionamento

Fig 4 – SAO em funcionamento.

Considerações importantes:

  • O sistema não é aplicado para misturas de água e óleo emulsionados quimicamente ou fisicamente;
  • O efluente bruto deve ser isento de detergentes e sabões;
  • As características do efluente bruto, como pH, temperatura e demais parâmetros estabelecidos pelo fabricante do equipamento, devem ser monitorados frequentemente para que o processo de separação seja efetivo;
  • Estabelecer uma rotina de limpeza do sistema, como a remoção de sólidos e a desobstrução dos skimmers, irá contribuir para o perfeito funcionamento;
  • Executar a manutenção preventiva e periódica também garante uma melhor performance de todo o sistema, além da preservação e aumento da vida útil do equipamento.

 

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Referências Bibliográficas:

Secron; Gandhi; Filho, 2021

 

Odair José Krause