As temperaturas altas estão chegando e junto com elas, o aumento das doenças transmitidas pela ingestão de águas recreacionais por banhistas e esportistas. Além disso, as águas recreacionais podem se dividir em águas de fontes naturais, tais como praias, rios, lagos e córregos que podem estar sob risco de contaminação por esgoto, resíduos industriais e por bactérias presentes na pele de animais e banhistas. Por outro lado, águas recreacionais encontradas em estabelecimentos de lazer com piscinas ou em clínica de terapias com água também podem possuir contaminação por bactérias e fungos. Esse último tipo de água recreacional utiliza água da rede de distribuição fornecida pela rede municipal e precisa ser tratada frequentemente de acordo com as legislações vigentes.
Historicamente, a qualidade da água recreacional deve ser avaliada de acordo com o uso designado por meio das concentrações de micro-organismos selecionados de acordo com os riscos à saúde de animais e banhistas.
Os parâmetros e frequência exigida para o monitoramento das águas recreacionais e piscinas depende da legislação vigente de cada estado ou município.

Escherichia coli ou Enterococos
Estudos epidemiológicos mostram que existe uma relação entre a concentração das enterobactérias Escherichia coli ou Enterococos com pessoas que apresentaram gastroenterite após se banhar em rios e lagos de águas doces ou em praias. Além disso, outras doenças podem ser transmitidas por águas recreacionais ou de piscinas contaminadas: leptospirose, dermatite ou foliculite, otite externa (inflamação dos ouvidos), febre de Pontiac, granulomas, meningites e conjuntivite.
Parâmetros Microbiológicos
Os parâmetros microbiológicos ideais para o monitoramento de águas de piscinas são: contagens de bactérias heterotróficas, de coliformes totais, de coliformes termotolerantes, de Staphylococcus aureus e de Pseudomonas aeruginosa. Em jacuzzis e banheiras de hidromassagens, é necessário realizar as análises de Legionella pneumophila e Pseudomonas aeruginosa. Além disso, os indicadores microbiológicos ideais para o monitoramento de águas recreacionais naturais são: E. coli, Enterococos e Pseudomonas aeruginosa.

Leia também: Monitoramento de bactérias: a importância da avaliação em águas recreacionais
norma NBR 10818 (NB1219) de 01/2016
No Brasil, existe uma norma NBR 10818 (NB1219) de 01/2016 que rege o monitoramento dos seguintes parâmetros microbiológicos Pseudomonas aeruginosa e análises específicas de fungos. Além disso, esta norma sugere realizar a análise de contagem padrão de bactérias heterotróficas para avaliar a eficiência do tratamento das águas de piscina.
Grupo EP – EP Analítica
O laboratório do Grupo EP – EP Analítica – possui acreditação ABNT NBR ISO/IEC 17025 pela CGCRE / INMETRO. Este laboratório realiza as análises microbiológicas de contagem padrão de bactérias heterotróficas, coliformes totais, Escherichia coli, coliformes termotolerantes, Enterococos spp, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Legionella pneumophila, Bolores (fungos).
Análises Ambientais
O laboratório de microbiologia da EP Analítica também realiza as análises de Salmonella spp, Clostridium perfringens, bactérias mesófilas, cianobactérias, cianotoxinas e clorofila a. As principais técnicas utilizadas para executar estas análises são: contagem padrão, substrato enzimático utilizando a seladora Quanti-tray, membrana filtrante, ELISA, espectrofotometria e provas bioquímicas.
Amostragem
O laboratório da EP Analítica realiza amostragens de diversos tipos em matrizes, tais como: águas em geral, efluentes, solos e resíduos.
Fontes:
SMWW 23. Ed. (2017). NBR 10818 (NB1219) de 01/2016.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Qualidade de água de piscina. (NBR 10818, nov/1989).
Karen F. de Oliveira Garcia